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Fantastic Entrevista [Especial Porto Canal] - 4ª edição



Na 4ª edição do Fantastic Entrevista são convidados neste Especial Porto Canal os dois pivot's e editores Cláudia Fonseca e Pedro Carvalho da Silva, que apresentam os diferentes blocos informativos do Porto Canal, diariamente.

Entrevista a Pedro Carvalho da Silva 

1-O Pedro é uma das caras da informação do Porto Canal. Considera o seu trabalho muito difícil?
Trata-se sobretudo de um trabalho exigente, muito rigoroso, que desgasta mentalmente e inclusive fisicamente. Existe, parece-me, uma percepção errada do que é ser apresentador de noticiários. Um ou uma pivot não é uma pessoa que se limita a dar a cara e a ler frases no teleponto. É alguém que no decorrer do bloco informativo representa toda uma equipa que vai desde os produtores até aos repórteres e repórteres de imagem. Na minha concepção de jornalismo televisivo, o pivot tem de saber tanto ou até mais do que os repórteres que andam no terreno, assim sendo o grau de exigência torna-se elevado. Aliás, no Porto Canal todos os pivots são coordenadores, o que sublinha bem o grau de preparação que temos de ter. Inclusive, convém recordar, o próprio Júlio Magalhães, pivot que todo o país conhece, ocupa o cargo mais elevado que é o de Director-geral do Porto Canal.

2-É mais difícil trabalhar num canal dedicado ao norte do que, por exemplo, num generalista que tem informação de todo o país?
Nesta matéria convém recordar que o Porto Canal é um canal generalista com informação de todo o país. As duas grandes marcas distintivas são, primeiro, de que se trata do único canal feito no Porto para todo o país, e segundo, tem uma matriz de prioridade regional sem descuidar o que de importante se passa a nível nacional. Naturalmente que, para dar um exemplo simples, se tivermos duas notícias de importância semelhante, uma nacional e a outra referente à região norte, é garantido que a notícia regional abre o nosso noticiário. É para isso que existimos. Nos canais nacionais acontece o inverso.

3-O seu trabalho é gratificante?
Bastante. Retirando o desgaste físico e mental, é altamente gratificante. Termos a capacidade de informar já é um privilégio, agora conseguirmos chegar a todo o país e atenção, já inclusive além-fronteiras, dando voz ao Norte de Portugal é motivador.

4-Antes de chegar ao Porto Canal que trabalho é que tinha tido?
Sou jornalista na televisão há cerca de 12 anos.

5-Como chegou até ao Porto Canal e como percebeu que queria seguir a área da comunicação?
Sou licenciado em Jornalismo por isso a área da comunicação sempre foi o meu sonho. Cheguei ao Porto Canal depois de ter iniciado a carreira como repórter e pivot durante dois anos na NTV (que se transformou em RTP-N). De seguida tive uma passagem como repórter pela TVI Porto, e fui ainda durante dois anos e meio apresentador no AXN. No dia 29 de Setembro de 2006 foi-me atribuído o privilégio de, às sete da tarde, abrir as emissões do Porto Canal. O facto de ter sido a escolha para o momento do arranque é algo que vou sempre recordar com muito carinho.

6-Sendo pivot já deve ter falhado muita coisa durante o directo. Que episódio consegue recordar e que nos possa contar?
As trocas na ordem das peças nos alinhamentos são uma constante, atrevo-me a dizer em quase todos os noticiários de todas as televisões. O alinhamento é definido seguindo uma lógica de importância e impacto. Por exemplo, como apresento o Jornal das 13h, preparo manhã bem cedo o que apelidamos de pré-alinhamento do jornal. Defino a minha ideia e concepção de jornal para a uma da tarde. Depois, mais ao final da manhã o pré-alinhamento é discutido com a Chefe de Redação Vanda Balieiro e com Domingos de Andrade, Director de Informação. O pré-alinhamento é fechado ou alterado tornando-se no alinhamento final. Só que, pelas circunstâncias normais do trabalho no terreno, poucos são os alinhamentos que conseguimos seguir de início ao fim sem termos de fazer trocas, ora porque uma peça não está pronta, ora porque falhou o sinal para um directo de exterior etc, etc. Em suma, cada noticiário é uma aventura.

7-O Porto Canal tem passado por muitas transformações nos estúdios. Como sentiu estas alterações?
As alterações nos estúdios foram magníficas. O canal tem uma imagem mais credível e atraente. Mas parece-me que mais importante de realçar é o upgrade de qualidade que obtivemos a todos os níveis com a chegada do FC Porto, e com a orientação constante de Júlio Magalhães e de Domingos de Andrade. A marca FC Porto tem valor inquestionável. Basta ver as audiências impressionantes que conseguimos ter com os programas e as transmissões em directo de jogos azuis e brancos nas diversas modalidades. Júlio Magalhães é um peso pesado, uma gigantesca mais-valia para a credibilidade do projecto. Domingos de Andrade é um Director de Informação que classifico como uma máquina de trabalho. Incansável. Estas são, na minha opinião, as alterações verdadeiramente dignas de registo. Mas reconheço que a imagem mais apelativa ajuda, e muito.

Entrevista a Cláudia Fonseca

1-É uma das caras da informação do Porto Canal. Qual é o bloco informativo mais difícil de fazer?
Acho que todos têm as suas particularidades, logo as suas dificuldades.Os pivots do Porto Canal são também editores/coordenadores o que nos dá uma responsabilidade acrescida para além de apresentar o jornal propriamente dito. No Jornal das 13 por exemplo, somos nós que lançamos o dia de manha, bem cedo, com ajuda do director de informação, Domingos de Andrade.Implica fazer logo pela manha uma selecção dos acontecimentos a cobrir e o planeamento do dia, que claro, depois vai sofrendo sempre alterações, mediante a actualidade. Há menos tempo, mais stress, mas também aquela adrenalina que acaba por ser intrínseca a quem gosta desta profissão.No Jornal Diário de fim-de-semana, há outro tipo de dificuldades, entre gerir uma equipa mais reduzida e o facto do pivot ser o único coordenador em funções, o que nos dá mais responsabilidades nas decisões a tomar.

2-Quais são aos certos as suas funções dentro do Porto Canal?
Para além de apresentar o Jornal das 13 e o Jornal Diário de fim-de-semana, tenho também um programa semanal de entrevistas, dedicado à ciência e investigação.Sou também editor/coordenador na equipa de informação.

3-O Porto Canal é dedicado exclusivamente ao norte. É muito difícil fazer notícias apenas com o que se passa no norte do país?
Não diria que é um canal exclusivamente dedicado ao Norte. É um canal do Norte para o País, com assuntos que interessam a todos os portugueses.Claro que o principal enfoque e as reportagens estão muito centradas no Norte, dando voz aos protagonistas da região, que de outra forma dificilmente ouviríamos em televisão.Acredito que seja um canal de serviço público, generalista com foco na informação, do Porto e do Norte. Até porque é único produzido fora de Lisboa.

4-Os blocos informativos do Porto Canal, por exemplo, o Jornal Diário não prestam muita atenção às notícias do mundo. Porquê?
Para já a grande aposta não é nas notícias internacionais, embora os jornais fechem sempre com uma síntese de informação internacional.Mas apesar de não ser a regra, quando se justifica ou há uma ligação num determinado acontecimento com o nosso país ou região, também damos a noticia.Ainda recentemente abrimos o Jornal das 13 com reportagem e directo do acidente ferroviário em Santiago de Compostela, na Galiza.

5-O canal pertence ao Futebol Clube do Porto. É apoiante do clube?
Nasci no Porto, cresci no Porto e sempre vivi no Porto. E tive a sorte de conseguir sempre fazer carreira aqui.Pela ligação à cidade há logicamente uma simpatia com o clube.

6-Como chegou até ao Porto Canal?
Estou no Porto Canal desde o início e entrei a convite do fundador e primeiro director do canal Bruno Carvalho, há quase 7 anos.Trabalhei com o Dr. Bruno na antiga televisão NTV do Porto e depois numa produtora de televisão. Ele conhecendo o meu trabalho fez-me o convite e eu aceitei.E até hoje não me arrependo (risos).

7-Como percebeu que queria trabalhar na área da comunicação? Quando era criança o que queria ser?
Sempre fui uma pessoa muito comunicadora. Jornalismo é uma paixão antiga. Queria ser repórter de guerra e cobrir os grandes conflitos ou descobrir o meu escândalo de “Watergate”.  Depois com o tempo comecei a gostar mais da área de Sociedade e outro tipo de reportagens.Mas a Escola Superior de Jornalismo do Porto foi a única faculdade a que me candidatei.Não ponderei outra hipótese ou seguir outra área. Era o que queria e foi em Jornalismo que consegui fazer carreira… já lá vão uns anos (risos)

8-Apresenta simultaneamente o programa ''Mentes Que Brilham''. Como pode descrever este projecto e como é ele para si?
O “Mentes que Brilham” é um programa dedicado à ciência, tecnologia e inovação.Um projecto aliciante, onde posso dizer que a cada programa aprendo sempre algo.Não há muitos programas em televisão dedicados a estas matérias, o que a meu ver é uma lacuna dos outros canais.Temos mesmo “mentes brilhantes” que passam despercebidas do grande público.Pelo programa já passaram nomes como Alexandre Quintanilha ou Teresa Lago, mas também cientistas mais jovens em início de carreira.

9-Sendo pivot já deve ter falhado muita coisa durante o directo. Que episódio consegue recordar e que nos possa contar?
(risos) Ui são tantos, mas essa é a “magia” do directo. O imprevisto.Nos exteriores enquanto jornalista no terreno passamos sempre por várias situações caricatas, com pessoas que vêm falar connosco sem perceber que estamos em directo numa emissão. Em estúdio lembro-me de uma vez em que estava a apresentar o jornal e uma das lâmpadas fundiu. O barulho é indescritível! Um estrondo! Com cara de assustada lá consegui lançar a noticia, com o segurança a entrar de rompante no estúdio e a começarem a chegar chamadas telefónicas “andam aos tiros no Porto Canal”. E porque apesar de profissionais somos humanos (risos) numa outra situação tive um ataque de riso, que me foi muito difícil de controlar. Conclusão não conseguia ler o pivot, e as lágrimas corriam pela cara. Foram uns minutos difíceis, mas penso que ninguém levou a mal, até porque era uma reportagem muito engraçada (risos)

10-O Porto Canal tem passado por muitas transformações nos estúdios. Como sentiu estas alterações?
Com a entrada do Futebol Clube do Porto, o Porto Canal está hoje em antena renovado, com nova imagem, novos estúdios e nova grelha de programação. A nível da informação, teve um reforço de equipa e novas delegações.A entrada de Júlio Magalhães para director geral e Domingos de Andrade para director de Informação foi um marco na vida do canal. A experiência, os conhecimentos e as orientações fizeram-nos crescer, e esse crescimento já é visível, num aumento da qualidade do que emitimos. Prova disso são as audiências que crescem e o reconhecimento do público ao que transmitimos.

Pedro em poucas palavras...

O Pedro é... Sonhador 
Um bloco informativo... Anderson Cooper 360, CNN
Um sonho... Voar
Uma música... With or Without, U2 
Um filme... Gladiador

Cláudia em poucas palavras...

A Cláudia é... acima de tudo uma pessoa bem disposta e feliz
Um programa... “Mentes que Brilham”
Um clube... FC Porto
Um sonho... nunca perder a capacidade de sonhar
Uma pessoa... duas: pai e mãe
Um filme... qualquer um de Woody Allen

Fique com o vídeo feito pelo Pedro Carvalho da Silva e enviado para todos os leitores do Fantastic Televisão!