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Fantastic Entrevista... Heitor Lourenço

 
FANTASTIC ENTREVISTA 

TEMPORADA 5 / EDIÇÃO 9 / OUTUBRO DE 2013

Esta semana estamos à conversa com Heitor Lourenço, conhecido ator português, que atualmente podemos ver na série "Bem-Vindos a Beirais", cuja 1ª temporada está a chegar ao fim. Falámos sobre o seu percurso em telvisão e teatro e ainda do estado atual da cultura em Portugal. Uma entrevista imperdível!
 
https://fbcdn-profile-a.akamaihd.net/hprofile-ak-prn2/277189_240764982609071_1390100_n.jpg1- O Heitor é já um dos actores mais conhecidos deste curioso mundo de televisão, mas como é que chegou até aqui?
Bem, primeiro tenho que lhe dizer que acho que se cheguei a algum lado foi só por procurar bastante trabalho, isto é, pelo meu trabalho e eu só acredito que as profissões são exercidas apenas à custa de trabalho e investimento para as conseguir e tentar fazer melhor.

Portanto, tudo se deve à custa de trabalho e aperfeiçoamento. Ainda há 3 anos eu deixei tudo e fui para os Estados Unidos para fazer um curso de aperfeiçoamento da técnica de ator... Eu acredito que o trabalho só surge a partir do investimento.

2-Quando estava a dar os primeiros passos como actor, quem eram os seus ídolos?
Eu nunca fui muito de ídolos, mas tinha algumas pessoas que eu admirava e continuo a admirar e é engraçado que das primeiras coisas que eu fiz fui logo ao encontro e estive com aqueles que se podem considerar de ídolos. 

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3 - Já teve o prazer de contracenar com alguns deles?
Eu lembro-me que a primeira coisa que eu fiz como ator foi uma participação, um papel muito pequeno num filme e cinema. É engraçado que a primeira pessoa com quem eu ‘’contracenei’’ foi a Eunice Munoz. Das primeiras coisas que eu fiz na televisão foi com o Nicolau Breyner. Eu tive sempre muita sorte, no facto de ter trabalhado com pessoas que eu admirava bastante em Portugal. Obviamente que tinha ídolos estrangeiros, mas ainda não consegui contracenar com eles (risos).

4- Estreou-se como apresentador na RTP com o concurso ‘‘Lingo’’. Como correu essa experiência?
Eu, na verdade, não me estreei com o concurso, já antes do concurso a RTP me andava a pedir para eu fazer experiências no domínio da apresentação: apresentei várias coisas, nomeadamente uma gala de fim de ano, uma entrega de prémios e só depois surgiu o ‘‘Lingo’’ que foi um concurso que eu gostava muito, porque era uma coisa diferente e entusiasmou-me bastante. O facto de estar todos os dias, em directo, na televisão era muito divertido. E note-se que por opção da produção eu não tinha teleponto, auricular, não tinha absolutamente nada, e portanto foi um desafio enorme e muito divertido. Não era bem o meu domínio, foi bastante dificil, mas ao mesmo tempo muito desafiante.

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5 - Foi também director de atores na Rebelde Way e participou em Morangos com Açúcar, série 9. Para um actor já com uma carreira firmada, como se relacionava com o elenco mais jovem?
Muito bem, muito bem. Eu dou-me sempre muito bem com os colegas e com pessoas mais novas do que eu, não crio muito aquelas barreiras da idade...

Tenho grandes amigos com uma diferença de idade muito grande, portanto a barreira da idade foi desde cedo posta de parte. Além disso, eu gosto bastante de trabalhar quando as pessoas tem uma grande energia, como é o caso do pessoal mais novo. Porque eles têm uma energia mais viva e mais entusiasmaste e por isso eu gostei imenso de trabalhar com os mais novos e espero que cada vez se entusiasmem mais no seu trabalho.

6-Como ator como é que viu o fim do ministério da Cultura?
O problema que eu vejo não é o final do Ministério da Cultura, porque não existia este Ministério da Cultura. A minha posição não tem nada a ver com o acabar do ministério da cultura, isto é um espelho da forma como o país encara a cultura e sobretudo a forma como a cultura é encarada pelas pessoas que estão nos lugares de decisão. A cultura neste país não é vista como um bem de 1ª necessidade, mas sim como um luxo e isso a mim desgosta-me imenso. Os sucessivos governos portugueses nunca interpretaram a cultura como se fosse importante, mas para os artistas a cultura é algo que faz mover as pessoas e que faz parte de nós e é essencial para a nossa progressão enquanto seres humanos.

7 - Abraçou mais recentemente o projecto ‘‘Bem-vindo a Beirais’’. Quer-nos falar sobre esta série?
Este projecto é muito engraçado e é uma aposta da RTP numa altura em que as coisas estão cada vez a serem mais cortadas uma vez que já não há verbas para a parte cultural. Por isso é que a RTP decidiu apostar num projecto que vai ao encontro das pessoas e da cultura portuguesa.

8 – E como têm corrido as gravações?
Com a equipa com a qual eu estou a trabalhar parece, de facto, que há um ambiente extraordinário e uma diversão pura apesar de haver muito trabalho. Mas estamos muito bem uns com os outros e está para mim a ser um prazer. E em relação ao personagem que me ofereceram eu acho-o muito engraçado. Eu discuti com as directoras de atores e chegamos à conclusão de criar um personagem muito engraçado e que me está a dar muito prazer em fazer.

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RESPOSTA RÁPIDA
Directo ou Gravado? Directo
Estudo ou improviso? Estudo
Apresentação ou representação? Representação
O Heitor Lourenço é... um gajo porreiro

FANTASTIC ENTREVISTA - Edição 48
Convidado: Heitor Louenço
Produção: António
Fantastic 2013