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Fantastic Entrevista... Pedro Fernandes

 
FANTASTIC ENTREVISTA 
TEMPORADA 5 / EDIÇÃO 11 / NOVEMBRO DE 2013


Esta semana estamos à conversa com Pedro Fernandes, o apresentador que já esteve na TVI no programa "Caia Quem Caia" e que atualmente apresenta o fenómeno "5 Para a Meia-Noite" na RTP1.

1 -  Estudou “Publicidade e Marketing”, mas depois acabou por ingressar no teatro universitário, com o grupo "Segundo a Circular - Tearte". Porque é que optou pela via da representação?
Já devia ser o raio do bichinho a comer-me por dentro. Sempre tive esse desejo secreto de representar. Quando soube que se estava a formar um grupo de teatro na minha Universidade, nem hesitei.


2 - Apesar de ter seguido outra área, desde pequeno pensava ser ator ou humorista? Como era em criança?
Era muito parvo. Quem é que não gosta de fazer rir? Era o elemento destabilizador nas aulas, sempre a partir da fila de trás. Mas nunca pensei que isto se tornasse no meu ganha pão. Mas ainda bem que assim o é. Pelo menos até ver.

3 - Em 2005 junta-se ao Luís Filipe Borges em "A Revolta dos Pastéis de Nata". Este programa foi como uma espécie de "primórdios" do 5 para a meia-noite? Como recorda estes tempos?
A Revolta dos Pastéis de Nata era um "1 para a meia-noite". Lembro-me perfeitamente. Fiz um programa piloto com uns amigos e apresentámos à RTP. Não nos deixaram fazer o programa mas deram-nos um espaço na Revolta. Foi aí que conheci o ex-Boinas e nos tornámos amigos. A liberdade criativa era a que temos hoje: total e apenas limitada pelo nosso bom senso. Já tinha um emprego normal na altura e fazia umas escapadinhas do escritório para ir gravar sketches com a devida autorização do patronato. Na altura era apenas um hobbie muito divertido, pouco sério e pouco remunerado.

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4 - O primeiro programa de maior destaque em televisão foi na TVI, onde apresentou o "Caia Quem Caia". Porque aceitou o convite?
Porque era muito bem pago. :) Eu não consigo dizer que não a nada mesmo que isso me assuste muito. Foi o que aconteceu com o CQC. Eu odiava ir para aquelas reportagens porque tinha muito medo de ficar sem saber o que dizer, medo de maçar as pessoas, de ser mal educado. A minha educação sempre me levou a agir de maneira diferente, a não ser inconveniente. Com o CQC tornei-me um desbocado. Foi uma boa escola. Hoje dá-me gozo.

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Permite-me discordar. Eu acho que resultou muito bem. As audiências assim o comprovam. Mas 2009 foi o ano do começo da austeridade e o formato não era propriamente barato. Trabalhavam mais de 30 pessoas na produção e todos os dias tínhamos que ir para a rua fazer reportagens para um programa que era semanal. Depois também incomodava um bocadinho a nossa classe política...

6 - Em 2009 começa aquela que viria a ser uma das maiores referências do entretenimento na televisão portuguesa. O "5 Para a Meia-Noite" veio revolucionar a televisão portuguesa? Como tens visto o percurso do programa?
Acho que tem tido um grande crescimento a todos os níveis: maturidade, criatividade, audiência. É o melhor programa que eu poderia querer para poder crescer como apresentador porque me obriga a conhecer todas as fases de produção. Estou envolvido em tudo. Tenho que estar porque eu é que dou a cara por aquele produto. Quando abracei o 5 para a meia-noite em 2009 fi-lo pelo desafio enorme que representava para mim. Poder escrever e apresentar um programa ao lado de nomes como o Luís Filipe Borges, Alvim, a Filomena e o Nilton, foi uma honra. Espero que o 5 venha a fazer parte da história da RTP e da televisão portuguesa.

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7 - Há 4 anos no ar, o formato já sofreu vários mudanças no leque de apresentadores, nos conteúdos e até no próprio estúdio. A maior mudança foi na passagem da RTP2 para a RTP1. Que implicações teve isto no conceito do programa?
O salto para a RTP1 foi um voto de confiança e o mínimo que podemos fazer é tentarmos reinventarmo-nos todos os dias. O programa tem crescido e os espectadores que nos acompanham desde o início também. Aqueles adolescentes que em 2009 tinham 15 ou 16 anos hoje têm 19 ou 20. Acho que o programa cresceu com eles e a nossa linguagem também. E esses são os fiéis. Mas tem sido bom perceber que vamos agarrando cada vez mais públicos diferentes e de todas as idades. Apesar desse crescimento o 5 tem sabido manter-se fiel aos seus princípios. O programa no seu essencial é o mesmo: são 5 tipos bem humorados que partilham a mesma casa e que têm visões diferentes do seu "mundo". É esse o segredo da longevidade e sucesso do programa.

8 - Em 2012 teve uma participação especial em "Pai à Força". Como foi a experiência como ator numa série mais dramática, apesar de leve e familiar?
Foi muito rápida. Foi chegar e gravar. A minha personagem só entrou em um episódio. Chamava-se Artur e conhecia a personagem da Isabel Abreu num restaurante. Num dia Flirtavam com os olhares. E no outro dia jantavam juntos e acabava tudo. Pelo menos não morri.

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 9 - Esta tinha sido a sua primeira experiência numa produção televisiva fora do contexto humorístico?
Acho que sim.


10 - Parodiou algumas músicas conhecidas como "Ai se eu te Pego" ou "Gangnam Style", que fizram imenso sucesso na internet. Porque acha que isto aconteceu?
Essas duas que refere têm especificamente uma mensagem relacionada com a crise e as dificuldades que os portugueses atravessam e os maus governantes que temos. É muito fácil que as pessoas se identifiquem com o que está a ser cantado. O que me preocupa é que continuem actuais.

http://www.dezinteressante.com/wp-content/uploads/2013/04/Pedro-Fernandes-300x300.jpg11 - "Eclipse em Portugal" é um filme com um conceito diferente do habitual. Explique-nos que projeto é este.
É um filme de humor negro, arrisco a dizer que talvez seja o primeiro do género em Portugal. É, como diz o realizador Alexandre Valente, o verdadeiro filme de faca e alguidar. Está cheio de bons momentos de humor com algum horror. É uma história portuguesa, com certeza, e ninguém vai querer perder. 


12 - Gostava de apresentar outros programas para além do "5" ou quer manter-se nesta 'casa' por mais alguns anos? Que projetos gostaria de experimentar nos próximos tempos?
O 5 para a meia-noite é um projecto que me permite fazer quase tudo com total liberdade criativa. Mas gostava de pôr a minha versatilidade à prova.

12 - O que lhe falta fazer como profissional?
Muita coisa, espero. Vários filmes em Hollywood. Mas isso, só depois de apresentar o "Late Night with Pacheco" na NBC. Entretanto falta-me crescer. Ainda há muito para crescer.

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RESPOSTA RÁPIDA   

Uma referência... Herman José
Um filme... Regresso ao futuro
Um programa de TV... Conan O'Brien
Uma música... tonight tonight dos Smashing Pumpkins
Um amigo de sempre... aquele
A companhia ideal... a minha mulher e os meus filhos.
Um prato preferido... Vista Alegre 
O Pedro Fernandes é... mesmo boa pessoa e espectacular e bonito e é impressão minha ou está a ficar com um corpo invejável?