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Saídos da Rádio | Pussywhips



Quem são os Pussywhips?
Tiago Fonseca (voz e guitarra), Sofia Leonor (bateria) e o Pedro Vaz (baixo).

Como é que chegaram a este original nome para a banda?
Fomos experimentando com nomes diferentes, chegando a actuar e a gravar sob os mesmos, mas acabámos por nos decidir por este último. O termo original é transformado através da ironia, é punk.

Como tem sido o percurso dos Pussywhips, desde a sua formação, até ao lançamento do primeiro EP? 
Formámos em 2014 com o baixista original (Eduardo Pécurto), que embora já não faça parte do grupo tenha continuado a contribuir com ilustrações e outras ideias mais ligadas à componente gráfica até hoje; nessa altura estávamos decididos a ir buscar alguma coisa ao Hardcore americano de inícios de 80 / finais de 70, e ainda chegamos a gravar alguns temas e a actuar diversas vezes durante esse ano.
Em 2015 decidimos tocar ao vivo o estritamente necessário para gravar um EP, as poucas actuações que tiveram lugar nesta altura serviram somente para fazer algumas experiências, no sentido de polir a abordagem a ter no disco. Este acaba por ser registado muito rapidamente nos últimos meses do ano, acabando por ser disponibilizado como edição de autor através da SURF + TURF - todos ficámos verdadeiramente surpreendidos quando passado poucos dias da data de lançamento soubemos que o tema de abertura do disco iria ficar durante um trimestre na A-List da Apple Music. Depois começaram a chegar as críticas e a haver seguimento.


A banda tem sido alvo de vários elogios e críticas positivas, não só em Portugal, como a nível internacional. É também esse o feedback que têm recebido, diretamente do público, relativamente à vossa música?
Temos recebido bom feedback de todas as partes. O público que já conhece por ter ouvido antes ou visto em algum sítio sabe que vem ver uma banda de rock ligeiramente 'diferente', ou talvez até 'indiferente' (a muito das tendências); os que ficam a conhecer, também por norma saem satisfeitos.   

Estão a nascer cada vez mais projetos musicais ligados ao rock no nosso país. Que características consideram que distinguem os Pussywhips das restantes bandas de rock em Portugal?Nós fomos juntando argumentos provenientes do garage rock e de um modelo ético DIY com vista a uma criação mais própria e conceptual, tudo levou o seu tempo e todos os membros integrantes têm experiências prévias em outros grupos no passado, é muito difícil para mim tentar estabelecer pontos de comparação com outros projectos das redondezas.

Há alguma banda de rock, em Portugal, que vos tenha marcado ou inspirado? E a nível internacional?
Dois terços do grupo aprecia imenso o trabalho dos Mão Morta, para mim é também incontornável toda a cena de Coimbra, por ter podido acompanhar e absorver de uma forma bastante próxima, grupos como os Tédio Boys e subsequentes formações como os d3ö, Legendary Tigerman, 77... Actualmente a maior parte da música que ouço ou que cujo gosto é compartilhado entre os elementos da banda é por norma internacional. Gosto essencialmente de coisas com foco na guitarra.




O vosso EP – Pussywhips – é composto por 5 temas, todos em inglês. É, de certa forma, um meio de internacionalização e de chegar a um público mais diverso? Ou consideram que o rock cantado em inglês tem mais força?
O rock'n'roll como fenómeno surge em Inglês e provêm dos EUA, pode se dizer que americanizou meio mundo, Beatles incluídos. Seguindo esta lógica, podemos colocar uma questão do género "se a invasão britânica foi em si um produto americano devolvido ou se existe algum outro tipo de circularidade ou intercomunicabilidade envolvida nestas coisas"; pessoalmente considero a última parte da questão a mais interessante. A nós interessa-nos chegar ao maior número de pessoas possível.  

Que mensagem pretendem passar através da vossa música?Varia consoante os dias, há alturas em que se sente que há algo para dizer e outros mais reservados à introspecção.

“Lame Society” é um dos temas do vosso EP. É desta forma que veem a sociedade atual?
É um tema passivo-agressivo, acho que joga com esta ideia que é um tema recorrente, da psique-individual, do outro e da sociedade.

De Pussywhips, o vosso primeiro trabalho homónimo, faz ainda parte “Fifty Days (To Summer)”. Como vai ser o verão dos Pussywhips? Já têm concertos agendados?
Até ver não temos nada agendado para essa altura ainda, vamos ter alguns concertos até ao mês de Maio, que a tempo serão sempre anunciados nas nossas redes sociais.

A nível musical, que objetivos gostariam de ver concretizados num futuro próximo?
O nosso desejo é que no futuro próximo consigamos crescer o suficiente de forma a dar continuidade ao projecto com novos registos discográficos, e quem sabe, também o acrescento de um sintetizador.

Saídos da Rádio - T3 | Edição 8
Abril de 2017
Entrevista: Marta Segão
Agradecimentos: 13/21